Retorno
Edigles Guedes
É bom estar de volta à Casa paterna!
Alisar a textura da Mesa,
Que Outrora eclodiram tantos outros Poemas;
Sentir as quatro Paredes,
Eclipsando Segredos;
O antiquado Relógio,
Qual Galo despertador,
Tiquetaqueando mansinho…
O Calor familiar
Convida-nos a um brinde.
A Mão amiga, estendida,
Aperta os Ossos cansados de guerra.
Ah, esse Ar airoso!
Aéreo Ar fraternal…
Essa Atmosfera, quase toda olvida,
Pelo tempo de Filho pródigo…
Esse Sofá é o mesmo,
Esse Claviculário é o mesmo,
Esses pares de Olhos pasmos,
Bastante saudosistas,
São os mesmos de Outrora…
São os mesmos que me viram partir…
Nada mudou. O Tempo se recusou a andar.
O Tempo se resignou,
Num cantinho, a ficar.
Ó como dói profundamente ver
E recordar as coisas do Passado!…
A lisura da Pele das coisas!
Dessas coisas que comunicam,
Que se comunicam,
Até mesmo no Ocaso das Lembranças!…
Quantos Abraços,
Você perdeu?
Quantas Alegrias,
Você não viu?
Que sensaboria de Encontro
É essa, que lhe roeu?
É a Dor de quem se foi
Ou a Lágrima de quem partiu?…
Não! é o Presente de quem chegou.
De quem chegou faz longa data
E não quer cortar o Cordão Umbilical!
9-9-1994.
É bom estar de volta à Casa paterna!
Alisar a textura da Mesa,
Que Outrora eclodiram tantos outros Poemas;
Sentir as quatro Paredes,
Eclipsando Segredos;
O antiquado Relógio,
Qual Galo despertador,
Tiquetaqueando mansinho…
O Calor familiar
Convida-nos a um brinde.
A Mão amiga, estendida,
Aperta os Ossos cansados de guerra.
Ah, esse Ar airoso!
Aéreo Ar fraternal…
Essa Atmosfera, quase toda olvida,
Pelo tempo de Filho pródigo…
Esse Sofá é o mesmo,
Esse Claviculário é o mesmo,
Esses pares de Olhos pasmos,
Bastante saudosistas,
São os mesmos de Outrora…
São os mesmos que me viram partir…
Nada mudou. O Tempo se recusou a andar.
O Tempo se resignou,
Num cantinho, a ficar.
Ó como dói profundamente ver
E recordar as coisas do Passado!…
A lisura da Pele das coisas!
Dessas coisas que comunicam,
Que se comunicam,
Até mesmo no Ocaso das Lembranças!…
Quantos Abraços,
Você perdeu?
Quantas Alegrias,
Você não viu?
Que sensaboria de Encontro
É essa, que lhe roeu?
É a Dor de quem se foi
Ou a Lágrima de quem partiu?…
Não! é o Presente de quem chegou.
De quem chegou faz longa data
E não quer cortar o Cordão Umbilical!
9-9-1994.