Sandálias
Debaixo dos meus pés, insípidos,
Estão as minhas sandálias Havaianas.
Os meus pés, calejados, amolados,
Esmagam a carne sórdida e condoída
Das sandálias diáfanas e interurbanas.
Os meus pés gorjeiam perfumes
De areia. Eu piso, de mansinho,
Os ladrilhos da vida; senão o não,
A vida em redemoinho contra a
Vida, tal como ela é. Quem sou?
Me escrevo como jornal dobrado
De domingo. Abafado está o tempo
Cá dentro, sem meteorologia para
Previsão. Abafado está o espaço
Comprimido entre o pé esquerdo e
As sandálias Havaianas, cuja dimensão
Desmedida em suas pupilas, eu me perco!
21-2-2010. 11h 36.
Estão as minhas sandálias Havaianas.
Os meus pés, calejados, amolados,
Esmagam a carne sórdida e condoída
Das sandálias diáfanas e interurbanas.
Os meus pés gorjeiam perfumes
De areia. Eu piso, de mansinho,
Os ladrilhos da vida; senão o não,
A vida em redemoinho contra a
Vida, tal como ela é. Quem sou?
Me escrevo como jornal dobrado
De domingo. Abafado está o tempo
Cá dentro, sem meteorologia para
Previsão. Abafado está o espaço
Comprimido entre o pé esquerdo e
As sandálias Havaianas, cuja dimensão
Desmedida em suas pupilas, eu me perco!
21-2-2010. 11h 36.