Quebra de Página,
Edigles Guedes
Quebra de linha, quebra do dia,
Quebra da andorinha, quebra da cadeira,
Onde se senta o sabiá laranjeira.
Em que palmeira, ele escondeu-se?
Quiçá fora no cajueiro,
Ou no marmeleiro,
Ou, quem sabe, no juazeiro,
Que floriu o verde na sala
De visitas.
Visitas que me não vieram ver,
Eu estava tão gordo de pensamentos briques,
Que o sábia laranjeira,
Em sua magreza de sentimentos estanques,
Sanou o impasse
Da minha sala de visitas.
O sábio sabiá tirou todas as cadeiras,
E por último, a mesa, a poltrona, as flores,
Que caíam cordialmente
Murchas
Num vaso grego.
O sábio sabiá tirou a sala de visitas de dentro das visitas,
Que me visitavam com suas indagações
Ianques
Para menores de primavera anos,
Indagaç~es que eu respondia arremessando um pepino voador de dúvidas.
Perplexo, as indagações enclenques
Já não saíam da sala de visitas da mesma forma que entraram,
Não sei se foi um verso iâmbico ou um verso alexandrino,
Só sei que Sócrates e seu s´quito passou por aqui
E deixou aquela filosofia perfumando o ar
De quem não sabe filosofar.
Sofismas, sofismas, sofismas.
Tudo são sofismas e vaidades debaixo da garrafa de café,
Quentes, na mesa da cozinha,
E esta mesa não entrou no cômputo da Poesia.
25-2-2010.
Quebra de linha, quebra do dia,
Quebra da andorinha, quebra da cadeira,
Onde se senta o sabiá laranjeira.
Em que palmeira, ele escondeu-se?
Quiçá fora no cajueiro,
Ou no marmeleiro,
Ou, quem sabe, no juazeiro,
Que floriu o verde na sala
De visitas.
Visitas que me não vieram ver,
Eu estava tão gordo de pensamentos briques,
Que o sábia laranjeira,
Em sua magreza de sentimentos estanques,
Sanou o impasse
Da minha sala de visitas.
O sábio sabiá tirou todas as cadeiras,
E por último, a mesa, a poltrona, as flores,
Que caíam cordialmente
Murchas
Num vaso grego.
O sábio sabiá tirou a sala de visitas de dentro das visitas,
Que me visitavam com suas indagações
Ianques
Para menores de primavera anos,
Indagaç~es que eu respondia arremessando um pepino voador de dúvidas.
Perplexo, as indagações enclenques
Já não saíam da sala de visitas da mesma forma que entraram,
Não sei se foi um verso iâmbico ou um verso alexandrino,
Só sei que Sócrates e seu s´quito passou por aqui
E deixou aquela filosofia perfumando o ar
De quem não sabe filosofar.
Sofismas, sofismas, sofismas.
Tudo são sofismas e vaidades debaixo da garrafa de café,
Quentes, na mesa da cozinha,
E esta mesa não entrou no cômputo da Poesia.
25-2-2010.