Conversa com a Foto de Pablo Neruda
Edigles Guedes
Confesso que não vivi,
Confesso que vegetei
Na linha curva do horizonte
Sem isca para peixe,
Sem anzol para pesca,
Nem linha para viagem.
Coitado do Peixe Seixo,
Feiíssimo que fui!...
Pablo Neruda, de barrigão,
Envergonha-se dos meus versos!
Diz que são tão chochos,
Que não merecem existir.
Todavia, se os versos
Que trago lá no fundo
Do mar d’alma existissem
Por si; já não seriam versos!…
E sim, saudades das estrelas
Maduras que se foram
No jardim de percevejos!…
Recife, 13-12-2006.
Confesso que não vivi,
Confesso que vegetei
Na linha curva do horizonte
Sem isca para peixe,
Sem anzol para pesca,
Nem linha para viagem.
Coitado do Peixe Seixo,
Feiíssimo que fui!...
Pablo Neruda, de barrigão,
Envergonha-se dos meus versos!
Diz que são tão chochos,
Que não merecem existir.
Todavia, se os versos
Que trago lá no fundo
Do mar d’alma existissem
Por si; já não seriam versos!…
E sim, saudades das estrelas
Maduras que se foram
No jardim de percevejos!…
Recife, 13-12-2006.