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Cristalino

Eu distingo teu rosto Cristalino de mágoas. Antes que fosse rosto De melhor cristalino, Que pinte o desfortúnio Com tinta mais fortuita De pintor conhecido Por incógnito estilo Da crítica ferida. Quiçá ser cristalino Do mar e suas águas, Que me ensaboam; pranto De suor, sal e sol; Dia vindouro: porto, Onde atraca pavio, Curto ou comprido; olvido, C onforme cruz de enxeco, Que cada qual carrega. Quiçá de cristalino O rio e suas águas, Que me banha de seu O sangue demais doces, Que me banha intestino De quem profuso falta, Por amor ou calar, Derradeiro perdoar. Quiçá do cristalino Que existe no metal, No metal rija faca, Que tanto me consterna, Quanto me sarapanta, Em sua baba de fúria, Em sua boba lamúria, Em sua boca a secura. Quiçá esse cristalino, Que existe no cristal, De nome ou exercício, Sem outro de si igual: Impermisto, acessível, Carrasco por mingau, Que na boca dilui A coisa que era tal. Porém, não! No teu rosto Havia o cris...