Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Caldo

Semelhante

De vez em quando, alguém me lembra dos meus semelhantes… Eu me pergunto, cá, com os meus botões: — Quem seria Semelhante a mim, se tão díspar eu sou de mim mesmo? Quantos viram o gato mirabolante de Alice, Zombando, à distância bruta, com seu riso galhofo, Isto ao vivo e a cores, sem aparelho tevê? Quantos ouviram o sussurrar de pedras viandantes, Aos seus pés; entretanto, ao virar-se para sondá-las, Não encontra nada — simplesmente nada por caldo Ou vírgula — , além do simples chão prosaico, de costas Dadas, ao pisar hesitante de meus próprios pés? Semelhantes a quem? Se até os ouvidos, nutridos De surdez, querem me fazer de palhaço de circo? Semelhantes a quem? Se até sentido da visão, Desprovido de seu senso crítico, me faz bobo Da corte de algum rei, que de tão bom, torna-se déspota? Quem seria semelhante a mim, Se tão contrário aos seres eu sou? Autor: Edigles Guedes.