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Azul no Horizonte

Azulei no horizonte, De ti fiquei distante, Mas não distante calvo, De dística distância… Isto nunca! Distante: Que se perde na linha Do enigma desse dia, Tão claro, tão escuro! Eis que distância fez-se Fora da mão, de palmo De terra, onde se pisa, Cada qual com seu ramo De oliveira, em hosana, Dita para as alturas — Cavaleiro sem elmo… Pisar: onde frituras É capaz de coser O tempo na ponta hirta Da agulha de crochê, Que dorme em cesto Tão costureiro, Quanto me presto!… Azulei no horizonte, E o azul virou anil. Tenho curto pavio. A vida é curta Ou de longa-metragem? Filme de faroeste Ou de terror nas veias De quem a assiste passar, Por destrancado No quarto de dormir, Sonhando com feliz, De tão desinfeliz?… Felicidade, não vem?… Autor: Edigles Guedes.