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Calo e Sopapo

Caso pise no calo De algum desavisado, Este lhe retribui O favor merecido E empresta-lhe um sopapo, No meio do focinho Ou no pé da barriga. Por que escrevo logo isto? Pego-me a indagar, De vez em quando, sobre Estas fúteis questões. Digo, não me interessa Pisar no pé de alguém, Seja incauto parente Ou seja um aderente, Não me interessa o soco, Emprestado com juros, Correção monetária Dos bancos, que não são De praças (e repúblicas?), Nem bancos de esperas Dos hospitais ou clínicas, Para exame de próstata Ou glândulas mamárias. Nunca! O que me importa É este do pisar O ímpeto do pé alheio, É este do fervor Do soco na barriga De outrem, desconhecido, Quem não goza do travo Tão salgado e tão doce Da amizade invocada. Toda ação formidável Vale, ao menos, um beijo Na orelha de uma moça Ou beijo roubado De noiva, que debanda Infrene dum altar? Autor: Edigles Guedes.