Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Flores

Passeavas

(Rondó II) Passeavas entre flores, Qual cantava sus! canário, Álacre, entre pedra e rio, Numa tarde bonançosa. Umbuzeiro, que te viu, Abismou e, ao alvedrio, Protestou muito arredio: — Que mulher assaz cheirosa! Que perfume ela usa? Incendeia esse cenário. Ela deixa, de ordinário, As palavras graciosas! Passeavas entre flores, Qual cantava sus! canário, Álacre, entre pedra e rio, Numa tarde bonançosa. Eu? Falar o quê de mim? Prisioneiro de desvario Serei sempre; e se, por sóbrio, Logo digo: — Ó mimosa, Dá-me o nobre coração! Você, lá, responde no átrio: — Me desgosta o locatário De intenção pretensiosa! Passeavas entre flores, Qual cantava sus! canário, Álacre, entre pedra e rio, Numa tarde bonançosa. O porquê não sei… Me perco Entre o lírio e o martírio Por amar-te em delírio, Benquerença amorosa! Porém, és a desalmada Que me faz sentir calafrio, Ao pisar em sedentário Coração sem meigas rosas. Passeavas entre flores, Qual cantava sus...