Edigles Guedes Nós dois brincávamos com a pipoca E o refrigerante, Jornalistas, que éramos, colocávamos a fofoca em dia, Entre closes de sua mãos nas minhas, entre Closes de seus bibelôs kitsch , nós Dois jogávamos Os pés na poltrona vizinha e vazia, Na contra-mão da miopia, mal enxergávamos um ao outro, de tão breu que estava, Gargalhávamos de uma mulher bruaca, com cabelo de Capivara misturado com milk-shake de Bombril, que lástima, dizíamos, sem Ser vistos, O meu coração, estenógrafo, filmava o teu sorriso em Câmara lenta, sem pause , ele gritava, Não para, não para, não para, Você era uma infecção que se alastrava por entre as pernas das cadeiras do cinema, Por entre os braços do silêncio dândi de um filme de ação, Será que assistíamos o Matrix , com Keenu Reeves, ou Foi o Rambo IV, certamente, você não assistiria o Silvester Stallone, Você é muito romântica, Eu sou careta que nem papel de embrulho, Você carrega a maternidade das horas ao meu lado, Eu e