Canção de Peixe à Poesia
Edigles Guedes
Eu sou o xampu anticaspa para o teu cabelo,
Eu sou a bomba de Hiroshima para a tua azia e má digestão,
Eu sou o porta-seios para o teu catarro no peito,
Eu sou o xarope para a tua gripe,
Eu sou o papagaio-currupaco-papaco azuando no teu ouvido,
Eu sou o tetéu, que não descansa, não durmo de noite ou de dia, somente a ti vigiar,
Vigiar teus passos de passarela da moda,
Vigiar teus braços elegantes de seda,
Vigiar teus lábios de fel e mel a tatuar beijos de amor e ódio no meu air bag,
Como se os meus olhos pudessem gravar em minha retina a tua rotina de mulher,
(Íris, íris, íris, arco-íris! Eu estou zarpando pássaro para dentro de ti!)
Eu sou o Ó,
Eu sou o,
Eu sou,
Eu:
Nada, nove fora zero.
Eu sou aquele que te pede perd~o, Poesia,
Pois eu não sabia o quanto tu és mulher
Em forma de peixe;
Peixe que me entranha, que me estranha;
Peixe em minhas guelras.
Peixe que me polui toxicamente com suas nadadeiras,
Peixe que me conspurca com sua barbatana em riste,
Peixe que me soluciona.
(Que pena! Algébrica equação que sou!...)
Vamos, Poesia, fazer uma respiração boca a boca!
Ops! Uma respiração branquial.
As brânquias, em minhas mãos, te convidam para o enlace matrimonial
Entre a calvície da minha sintaxe com a tua
Fonte Verdana de letra.
23-2-2010.
Eu sou o xampu anticaspa para o teu cabelo,
Eu sou a bomba de Hiroshima para a tua azia e má digestão,
Eu sou o porta-seios para o teu catarro no peito,
Eu sou o xarope para a tua gripe,
Eu sou o papagaio-currupaco-papaco azuando no teu ouvido,
Eu sou o tetéu, que não descansa, não durmo de noite ou de dia, somente a ti vigiar,
Vigiar teus passos de passarela da moda,
Vigiar teus braços elegantes de seda,
Vigiar teus lábios de fel e mel a tatuar beijos de amor e ódio no meu air bag,
Como se os meus olhos pudessem gravar em minha retina a tua rotina de mulher,
(Íris, íris, íris, arco-íris! Eu estou zarpando pássaro para dentro de ti!)
Eu sou o Ó,
Eu sou o,
Eu sou,
Eu:
Nada, nove fora zero.
Eu sou aquele que te pede perd~o, Poesia,
Pois eu não sabia o quanto tu és mulher
Em forma de peixe;
Peixe que me entranha, que me estranha;
Peixe em minhas guelras.
Peixe que me polui toxicamente com suas nadadeiras,
Peixe que me conspurca com sua barbatana em riste,
Peixe que me soluciona.
(Que pena! Algébrica equação que sou!...)
Vamos, Poesia, fazer uma respiração boca a boca!
Ops! Uma respiração branquial.
As brânquias, em minhas mãos, te convidam para o enlace matrimonial
Entre a calvície da minha sintaxe com a tua
Fonte Verdana de letra.
23-2-2010.