Poesia
Edigles Guedes
Poesia
= a um Jato propulsor a 300 km/h
= a duas Plumas flamejantes,
namorando aos domingos barrocos
= as mágoas esfaceladas em Pérolas negras
= a uma Jujuba,
deliciosa e artificial,
nas amplas ancas do natural —
mimésis do real
e da imaginação inaugural
= a um Dropes computacional
= aos (De)Lírios que nascem nos corações oblongos
= a um Beijo de Judas cibernético,
em traições Iscariotes
= a Mente implodindo automaticamente
num instantâneo
= ao Lápis, derramando sua tinta carbônica
no papel da Aurora que já raiou
= ao ciclo da água —
na Poesia:
nada se perde,
nada se cria —
tudo se transforma,
a forma a fôrma
= a um Camaleão antifônico,
transmudando-se mutante
= a uma Injeção eletrônica nos neurônios
= a um Compasso e Esquadros,
compondo arco-íris no céu
= aos Triângulos equiláteros, escalenos e isósceles,
made in Brazil
= aos Orvalhos,
que amanhecem as Madrugadas
= a um Fogão temperando as linhas francesas,
num Liquidificador engomado pelo Ferro de Passar
= a um Desodorante,
que se usa nas Axilas sudoríparas
= a um Iogurte bacteriofágico e dietético —
Poesia:
eu vejo isso,
mas não acredito!…
= ao Plástico inumano,
que digere os nossos Intestinos
= as asas semiabertas, redobradas,
de um Origami japonês
de olhos adiabáticos
= a uma nova Fronteira desconhecida
= a uma Antártida eletromagneticamente carregada
= a uma equação biquadrática no plano não-euclidiano
= a um Polinômio de Icebergs,
no mar imenso mar
= ao Pó, que perambula pelos
sapatos espanta-lobos das megalópoles
= as locuções adverbiais da cordilheira dos Andes
= as onomatopeias da cordilheira do Himalaia
= a um Detergente não biodegradável,
no pico do monte Everest
= a uma controvérsia congruente
da passageira vida humana
= a ela mesma —
espelho que se reflete,
reflete sua própria imagem
= Poesia.
1.ª versão: 1-6-1993.
2.ª versão: 1-2-2010.
Poesia
= a um Jato propulsor a 300 km/h
= a duas Plumas flamejantes,
namorando aos domingos barrocos
= as mágoas esfaceladas em Pérolas negras
= a uma Jujuba,
deliciosa e artificial,
nas amplas ancas do natural —
mimésis do real
e da imaginação inaugural
= a um Dropes computacional
= aos (De)Lírios que nascem nos corações oblongos
= a um Beijo de Judas cibernético,
em traições Iscariotes
= a Mente implodindo automaticamente
num instantâneo
= ao Lápis, derramando sua tinta carbônica
no papel da Aurora que já raiou
= ao ciclo da água —
na Poesia:
nada se perde,
nada se cria —
tudo se transforma,
a forma a fôrma
= a um Camaleão antifônico,
transmudando-se mutante
= a uma Injeção eletrônica nos neurônios
= a um Compasso e Esquadros,
compondo arco-íris no céu
= aos Triângulos equiláteros, escalenos e isósceles,
made in Brazil
= aos Orvalhos,
que amanhecem as Madrugadas
= a um Fogão temperando as linhas francesas,
num Liquidificador engomado pelo Ferro de Passar
= a um Desodorante,
que se usa nas Axilas sudoríparas
= a um Iogurte bacteriofágico e dietético —
Poesia:
eu vejo isso,
mas não acredito!…
= ao Plástico inumano,
que digere os nossos Intestinos
= as asas semiabertas, redobradas,
de um Origami japonês
de olhos adiabáticos
= a uma nova Fronteira desconhecida
= a uma Antártida eletromagneticamente carregada
= a uma equação biquadrática no plano não-euclidiano
= a um Polinômio de Icebergs,
no mar imenso mar
= ao Pó, que perambula pelos
sapatos espanta-lobos das megalópoles
= as locuções adverbiais da cordilheira dos Andes
= as onomatopeias da cordilheira do Himalaia
= a um Detergente não biodegradável,
no pico do monte Everest
= a uma controvérsia congruente
da passageira vida humana
= a ela mesma —
espelho que se reflete,
reflete sua própria imagem
= Poesia.
1.ª versão: 1-6-1993.
2.ª versão: 1-2-2010.