O Galo

Edigles Guedes

O Galo
Galanteia as Madrugadas, insone,
Galanteia solares os Raios.

O Galo,
De alta Crista e escarlate, desperta
O vespertino-carmesim, pacatas, das nuvens.

O Galo
— Pinto a pouco que saiu do Ovo —
Esbraveja suas asas, do povo num Canto.

O Galo
— Cavaleiro, de Penas heráldicas, alado —,
Altissonante, ruge suas hereditárias Façanhas.

Por Galo,
Entre contraditório si de contrastes, costura as Manhãs
Com intangíveis Linhas de Ecos sonâmbulos,

Que tecem o Tecido vígil
O Tecido vil e das Manhãs seda
Em galos.

Por Galo,
Este tino Operário sem dos Amanhãs,
Que compõe sinfonicamente

A Orquestra hora da última,
Em de Vozes harmonia outras:
Os galos.

8-12-1996. 4-2-2010.

Postagens mais visitadas deste blog

A Lei

Rabiscos no Livro

O Cupim e o Trampolim