Luto, eu Confesso que Luto

Edigles Guedes

Com essas teclas inúteis
De um computador barato;
Porém, por mais que eu
Lute, já não consigo extrair

Da pedra que arde em mim
Uma Poesia angiospérmica!
A minha Poesia não tem
Nada que ver com o fruto.

Ela é dócil e magricela
Porque em suas linhas
De pteridófita brotam
Uns brotos de briófita!…

Aí, é quando o sapato
Aperta, e coloco a boca
No trombone da caneta
Esferográfica e de tinta

Azul de cor. A Poesia, então, se
Ferra e brota como um esgoto
Cavoucando a terra azulejada da
Casa sem alicerces. Que gosto!…

13-2-2010.

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