O Amor e o Copo de Cristal

Edigles Guedes

O Amor se quebrou como um copo de cristal
Barato, desses de um real e noventa e nove
Centavos, que a gente ao encher com água
Gelada, a geladeira escorrega aos borbotões
De água mineral, em hora de severa sede. Aí,
Tudo fica que nem uma foto 3X4, jogada lá no
Fundo da carteira de couro. Eu não sei, eu não sei,
Sinceramente, que osso foi esse que me roeu as
Pernas. A vista está nublada, as pernas estão exaustas,
Os cabelos brancos, escondidos entre colesterol maligno
E o suflê de batata da mamãe, dizem que chegou a
Hora de descansar só um bocadinho. A cama me espera
Com seus braços abertos de amizade noturna. Mas eu
Persisto em escrever esta Poesia que, de tanto me
Machucar, se tornou um sinônimo e fardo de língua
Cafona? Não sei. Pois tudo que escrevo não passa de
Um bocejo cervical sem eira nem beira, e chaleira
Que esquenta o café sovina. Um café magro, que de
Tão sovina, virou café bombom marrom.

8-2-2010.

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