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Tercetos de Amor Desenganado

Edigles Guedes Na ebulição de teus lábios Encontrei-me comigo; e, assim, Perdi-me decerto de mim. Evaporei-me no microscópio Dos segundos! Eta, Caranguejo De gravata e paletó, lindo como um beijo!... Por qual Ninfa, o menino Cupido Assombrou-me com sua flecha De amor desengonçado? Qual que pecha?!... Recife, 13-12-2006.

Conversa com a Foto de Pablo Neruda

Edigles Guedes Confesso que não vivi, Confesso que vegetei Na linha curva do horizonte Sem isca para peixe, Sem anzol para pesca, Nem linha para viagem. Coitado do Peixe Seixo, Feiíssimo que fui!... Pablo Neruda, de barrigão, Envergonha-se dos meus versos! Diz que são tão chochos, Que não merecem existir. Todavia, se os versos Que trago lá no fundo Do mar d’alma existissem Por si; já não seriam versos!… E sim, saudades das estrelas Maduras que se foram No jardim de percevejos!… Recife, 13-12-2006.

Leitura de Jornais

Edigles Guedes Li nos jornais que as crianças estão à beira de um ataque de nervos. E os adultos? Nem se fala! Eles sofrem de pressão alta, Problemas cardíacos, falta de ar, calvície... Um jogador de futebol que passou dessa para melhor! Dizem que deu um “piripaco” na hora do jogo, e puft! O cachorro da vizinha teve um ataque de nervos! Latiu a noite todinha, para afugentar um ladrão; E quando fitou o rosto do bandido; o cão não aguentou De rir-se; riu tanto da presepada, que foi parar no veterinário... Sabe quem era o ladrão? O dono do cão!... Recife, 15-12-2006.