O sol na Madrugada
Edigles Guedes
Um cacho de uvas roxas e sem alarme;
Um melão de cor amarela delatava o Sol,
Que fugia do amarelo de seus raios;
Um bule de cor azul, sem mar no olho de sua boca;
E uma xícara, esquecida do preto do café que não veio;
Adormecidos estavam na toalha branca de mesa.
E eu? Eu tentava reatar o fio da meada?
Não! Eu vislumbrava o bilro no bico do passarinho
Que amanheceria dentro da xícara de café;
E surpreenderia o bule de cor azul
Com uma caixa de lápis de cor;
Acalentaria o melão de cor amarela,
O qual já desbotava de pudor;
E diria ao cacho de uvas roxas:
— Nada de alarde; o Sol já vem,
Já vingou a madrugada!
Salgueiro, 27-12-2009.
Um cacho de uvas roxas e sem alarme;
Um melão de cor amarela delatava o Sol,
Que fugia do amarelo de seus raios;
Um bule de cor azul, sem mar no olho de sua boca;
E uma xícara, esquecida do preto do café que não veio;
Adormecidos estavam na toalha branca de mesa.
E eu? Eu tentava reatar o fio da meada?
Não! Eu vislumbrava o bilro no bico do passarinho
Que amanheceria dentro da xícara de café;
E surpreenderia o bule de cor azul
Com uma caixa de lápis de cor;
Acalentaria o melão de cor amarela,
O qual já desbotava de pudor;
E diria ao cacho de uvas roxas:
— Nada de alarde; o Sol já vem,
Já vingou a madrugada!
Salgueiro, 27-12-2009.