Aquela Ferida Humana
Edigles Guedes
Ah! Aquela Ferida humana que escarnece
Sua pretensiosa chaga de pus e maquinaria
Dentro das minhas estranhas — que eu me ria,
Frio — Amor: calafrios de carência a quem nos apetece.
Se no psiuciciar da manhã, enferrujou suas verrugas,
Que de tanto escondê-las do mundo consentia,
Debruçava na janela de sua boca a injúria,
Que me não calaria… Por que, Amor, vós clamais às rugas?
E esqueceis-vos da estonteante Morte que nos enobrece?
Ristes, deveras, de mim! Enaltecestes a tua ex-glória
Por não me desvencilhar dessas tramas que me tece.
Senhora minha, o quão sabãoso é ouvir-vos às lérias
Por maltratar-me os pés e pernas… Isto me entristece
Por lograr-me o cativo cativeiro de mim sem férias.
Salgueiro, 12 e 13-6-2009.
Ah! Aquela Ferida humana que escarnece
Sua pretensiosa chaga de pus e maquinaria
Dentro das minhas estranhas — que eu me ria,
Frio — Amor: calafrios de carência a quem nos apetece.
Se no psiuciciar da manhã, enferrujou suas verrugas,
Que de tanto escondê-las do mundo consentia,
Debruçava na janela de sua boca a injúria,
Que me não calaria… Por que, Amor, vós clamais às rugas?
E esqueceis-vos da estonteante Morte que nos enobrece?
Ristes, deveras, de mim! Enaltecestes a tua ex-glória
Por não me desvencilhar dessas tramas que me tece.
Senhora minha, o quão sabãoso é ouvir-vos às lérias
Por maltratar-me os pés e pernas… Isto me entristece
Por lograr-me o cativo cativeiro de mim sem férias.
Salgueiro, 12 e 13-6-2009.